segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Jack, o Estripador

Num período de cerca de 70 dias, entre agosto e novembro de 1888, cinco prostitutas foram mortas violentamente no bairro de Whitechapel, em Londres. O modus operandi do assassino era evidente no corpo das vítimas: as mulheres eram mutiladas no rosto, no abdômen e nos genitais, além de apresentar cortes profundos no pescoço e ter os os órgãos removidos.
As mutilações ficaram mais intensas a cada ataque: o estripador não removeu nenhum órgão da primeira vítima, arrancou o útero da segunda, mutilou a face e retirou útero e rins da quarta e, além de dilacerar o corpo e o rosto da quinta prostituta, arrancou-lhe todos os órgãos internos. A única exceção aconteceu na terceira investida. Elizabeth Stride foi encontrada com apenas um corte no pescoço, indicando que Jack provavelmente tenha sido interrompido durante a execução.
Outros seis ataques aconteceram na mesma área, mas a polícia classificou todos eles como parte dos "assassinatos de Whitechapel", outro famoso caso de homicídios em série na época. As investigações envolveram vários policiais, que colheram depoimentos de mais de 2 mil cidadãos. Além disso, mais de 300 pessoas foram investigadas como suspeitas e 80 delas foram detidas para interrogatório.
A insatisfação popular pela falta de resultados da investigação motivou a formação do Comitê de Vigilância de Whitechapel. Esse grupo de civis começou a se intrometer nas investigações, patrulhando ruas em busca de suspeitos e contratando detetives particulares para interrogar testemunhas.
O estripador escreveu três cartas, mas acreditava-se que duas delas tenham sido forjadas por jornalistas para aumentar a popularidade dos crimes. A mais famosa, intitulada Do Inferno, foi parar nas mãos do líder do Comitê. Nas outras duas mensagens, o serial killer assinou como Jack, mas a escrita e o conteúdo eram incompatíveis com a carta original. As hipóteses mais difundidas sobre o perfil do matador indicavam que ele  seria um morador do bairro ou um senhor de alta classe, médico ou aristocrata, que visitava Whitechapel nos fins de semana.
A combinação da brutalidade nos assassinatos e da atenção dada aos ataques pelos jornais ajudou a tornar Jack, o Estripador, famoso mundialmente, mesmo com a precaridade dos meios de comunicação da época. O assassino virou um personagem lendário e aparece, até hoje, em obras de ficção, da literatura ao cinema, além de motivar passeios turísticos em Whitechapel. Em 2006, Jack foi eleito pelos leitores da revista BBC History como o pior britânico de todos os tempos.

Onde atuava: Londres, Inglaterra
Período de atividade: 1888
Vítimas: 5 mulheres
Método: Facadas e cortes com instrumentos cirúrgicos
Suspeitos: Montague John Druitt, Seweryn Ktosownski, Aaron Kosminski, Michael Ostrog,
John Pizer, James Thomas Sadler, Francis Tumblety.
Filme: From Hell ( Do Inferno ) é um filme norte-americano de 2001, um suspense ambientado na Londres do séc. XIX cujo mote é o famoso caso envolvendo o serial killer inglês Jack, o Estripador. O filme foi dirigido pelos irmãos Hughes (Albert Hughes e Allen Hughes) e é estrelado, por Johnny Depp, Heather Graham, Ian Holm e Jason Flemyng.



























Carta Do Inferno:

Foto das vítimas:

 1ª vítima: 
Mary Ann Nichols


 2ª vítima:
 Annie Chapman
File:Annie Chapman.jpg
3ª vítima:
Elizabeth Stride

4ª vítima:
Catherine Eddowes

5ª e última vítima:
Mary Jane Kelly


Imagem ilustrativa do assassino ( já que ele nunca fora identificado ):

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Novo tópico II

Caros leitores do blog,
                                   vou começar um novo tópico no canal (além do de Criptozoologia): SERIAL KILLERS. E aqui vai a foto do 1º  serial killer do qual eu vou falar:

Espero que gostem do novo tópico.
Bons pesadelos, LS

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O verme da Mongólia


O Verme da Mongólia



verme da Mongólia (Ou Mongolian Death Worm: Minhoca Mortal Mongólica*) é uma criatura criptozoológica que supostamente habita o deserto de Gobi, deserto que ocupa parte da China e da Mongólia (Que, claro, é de onde vem seu nome.)

1. Descrição.

O verme da Mongólia é descrito como uma minhoca vermelha que mede entre 0,5 a 1,0m de comprimento e seria muito grossa. Ela não é lá muito grande em comprimento, mas aqueles que já avistaram a criatura dizem que ela solta uma discarga elétrica para matar suas vítimas, e cospe ácido através de uma abertura em uma de suas pontas, que corrói qualquer coisa em que encosta e que pode matar um homem. Há também outras variações; alguns dizem que o verme possui espinhos em suas extremidades, outros dizem que possui manchas pretas pelo corpo.
O explorador Roy Chapman Andrews, que foi o primeiro a mencionar a criatura abertamente (Ver abaixo), fez uma descrição da criatura com base em relatos que ouvira:

Tem o formato de uma salsicha e tem aproximadamente meio metro de comprimento, não possui cabeça ou pernas e é tão venenoso que apenas um toque pode levar à morte instantânea. Vive nas áreas mais isoladas do Deserto de Gobi...

Ivan Mackerle, explorador Tcheco, também fez uma descrição breve da criatura, quase igual a de Andrews, mas dizendo que o verme lembrava muito o intestino de uma vaca (Por ser muito vermelho e comprido) e era tão grosso quanto um braço humano. O explorador também descreve alguns hábitos do verme da Mongólia, dizendo que este se move "de modo estranho"; às vezes rolando na areia, outras vezes espremendo suas extremidades para se mover. O verme também preferiria sair em dias chuvosos ou logo após uma chuva, que é quando ele se torna mais perigoso por causa da descarga elétrica que solta, aumentando a distância do ataque.
Há também quem acredite que a criatura hiberna em quase todo o ano, saíndo apenas durante os meses de Junho e Julho.



2. Avistamentos

As histórias mais comuns vem de nômades mongóis que passam pelo deserto, e que afirmam terem avistado o verme durante estas passagens.
Não há uma data certa para os primeiros avistamentos do verme da Mongólia. Mas a primeira vez em que foi mencionada para o mundo aconteceu em 1926, no livro On the Trail of the Ancient Men (N/T: Na trilha do Homem Antigo, em tradução livre.), do explorador americano Roy Chapman Andrews.
No livro, Andrews relata as histórias que ouvira enquanto estava na Mongólia.

Apesar de a criatura viver em uma área um tanto quanto isolada no deserto (apesar de o Deserto de Gobi ter este nome, há áreas nele que não possuem areia, apenas pedras e rochas.) e que a maioria de seus avistamentos acontecem através de nômades, os relatos de que a criatura foi vista continuam a acontecer. Desde 2005, vários programas de TV foram atrás do verme, mas sem resultados conclusivos ainda.



*Tanto 'Mongol' quanto 'Mongólico' podem ser usados para explicar a nacionalidade.

Ningem


Ningen


Ningen (Do japonês "ニンゲン", "humano"), é uma criatura criptozoológica que teria sido vista nos mares gelados próximos da Antártida.

1. Descrição

O Ningen é descrito como uma criatura com aparência humana, medindo aproximadamente 20 a 30 metros de comprimento. Alguns rumores dizem que ele se parece com um humano normal, com pernas e braços, mas algumas outras descrições o apontam como tendo nadadeiras e até uma cauda, parecida com uma sereia. Sua pele seria toda branca, fazendo-o se misturar no ambiente ártico, com geleiras e icebergs, e em seu rosto apenas seus olhos e boca seriam visíveis.



2. Avistamentos

Originalmente, acredita-se que um grupo de pesquisadores japoneses que navegavam no mar gelado em busca de baleias, teria avistado uma "coisa" navegando ao longe. Julgando se tratar de um submarino estrangeiro os pesquisadores se aproximaram devagar, e só quando estavam perto o bastante foram perceber que não se tratava de um submarino ou qualquer outra máquina feita pelo homem, mas que aquilo era, na verdade, uma criatura viva.

Teoricamente, este seria o único relato de pessoas que se depararam com o Ningen, não existe nenhum outro relato. Mas, é possível encontrar alguns rumores sobre porque a criatura não foi mais avistada; seria pelo fato de ela aparecer mais de noite, sendo difícil fotografá-la e visualizá-la direito.



3. Opiniões.

A maioria das opiniões sobre o Ningen são céticas, especialmente por causa da origem da lenda dessa criatura: Segundo dizem, tudo teria começado com uma postagem no site 2channel, em 2007, onde uma pessoa contava a história segundo um amigo/parente que trabalhava como pesquisador no mar. O post acabou se tornando tão popular que em questão de horas já estava circulando o mundo, o que teria criado a veracidade do relato. Há também o fato de que não existem fotos do Ningen, apenas montagens.
As únicas "provas" da existência do Ningen seria um screenshot feito no site Google Maps*, que mostra uma criatura branca no meio do mar, próximo à costa da Namíbia, e dois vídeos que mostra o ser sob a água, junto de alguns peixes. No entanto, é tudo considerado duvidoso.

Os mais crédulos acham que o governo tem relatos e imagens do Ningen, mas são mantidos em segredo porque aquilo poderia acabar com o grupo de pesquisas (!), dizem ainda que o governo instruiu às testemunhas para que nunca relatassem aos outros sobre o que viram.


(*Nota da Hika: Visitei o link do Google Maps que levava para esta área e infelizmente a imagem foi atualizada e não há mais nada lá.)







Se for mentira, se for verdade, não deixa de ser mais uma criatura interessante para os curiosos do estudo da Criptozoologia.

sábado, 29 de setembro de 2012

Novo tópico

Caros leitores do blog,
                                  vou começar a fazer um novo tópico no canal: CRIPTOZOOLOGIA
Esperem que gostem! Por favor, comentem se puderem.
 Bons pesadelos, LS
         

domingo, 16 de setembro de 2012

Slender man - O Filme

[Imagem: 405300_403795376335684_1804396608_n.jpg]

O filme conta a história de Casey Hudges e alguns de seus amigos, que viajam para um local isolado para investigar o desaparecimento de um membro de família de Casey. No entanto, eles percebem que a casa é assombrada e o que a assombra é algo que eles jamais poderiam imaginar. Confira o trailer do filme:





quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Zm91bmRvbnRoZXRhcGU=

“Zm91bmRvbnRoZXRhcGU=” é o nome de um vídeo que fora recentemente enviado pro Youtube, pelo usuário rjones7171. Quando o título é decodificado usando a tecnologia “base64”, ele é nomeado para “foundonthetape (encontreiafita)”.

No vídeo, é mostrada uma série de imagens e sons perturbadores, sem motivo aparente. Em um ponto do vídeo, ele corta para preto, e logo em seguida, exibe um texto desconhecido. Em outro ponto do vídeo, o telespectador deveria desligar o som do computador, pois supostamente teria um “screamer/susto” no final.

Todas as pessoas que o assistiram, tiveram pelo menos uma alucinação de um homem sem braços, ou de um rosto ensangüentado, e também tinham fortes pesadelos sobre o vídeo.

O motivo das alucinações está na freqüência do vídeo; ele é exibido à 20hz, um número muito maior do que os videos normais.

O texto na descrição do vídeo, ainda não fora decodificado.

Felizmente, nada mais grave aconteceu com ninguém... Até agora.
AVISO: Não me responsabilizo  pelas pessoas que verem este vídeo. Atenciosamente LS.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A verdade atrás de Coragem, o cão covarde





Todo mundo aqui ama o Coragem, mas quem exatamente ele é? Ele é um cachorro assustado, que faz qualquer coisa para proteger sua casa, Lugar Nenhum.

Onde fica Lugar Nenhum? É um lugar onde não tem nada? Ninguém? Nenhuma esperança? Inferno?

Coragem protege sua casa e garante que ninguém machuque Muriel. Seu mestre senta em sua cadeira e odeia a tudo e a todos. Qualquer coisa malvada que venha atacar ou conquistar Lugar Nenhum, Coragem luta contra. Ele mantém Muriel segura e impede que a casa do Eustácio seja destruída.

Muriel sempre vê uma “cabeça” nova em Coragem, toda vez que algo ruim aparece e ele vai avisá-la, dando-lhe múltiplas cabeças.

Coragem ficará para sempre em Lugar Nenhum (Inferno), para proteger sua casa, manter Muriel (humanidade) a salvo do mau (Le Quack [avareza], Katz [ira], etc). Seu mestre, Eustácio (Satan), vai comandar e odiar tudo que está em Lugar Nenhum (Inferno)

Ele está preso no meio do Inferno e ama sua casa. Ele é Cerberus, nosso corajoso e covarde cão.

The Wanderer

Na década de 1990, uma menina se suicidou depois de ver uma imagem postada em um velho fórum de discussão.

A imagem era de uma figura - que alguns identificavam como uma mulher - que está no meio de uma estrada solitária. A figura é transparente a ponto de suas pernas serem pouco visíveis, e é iluminada por uma fonte de luz desconhecida vindo da direção da câmera. Quer se trate de faróis, uma lanterna de mão, ou a luz da câmera em si não se sabe ao certo, assim como a fonte real da imagem nunca foi identificada. As características faciais podem ser vistas, mas a figura é mais facilmente identificada pelo seu desgaste, e pelos seus membros ósseos, que em parte se assemelham a patas de aranha. Aqueles que viram a imagem ou sabem de sua existência têm vindo a conhecer a figura como "The Wanderer".


O primeiro caso conhecido da Wanderer ocorreu em 1996. Jane, uma menina da faculdade que estava visitando sua família durante as férias, tinha interesse no paranormal. Ela viu a imagem do "The Wanderer" em um fórum, juntamente com uma leitura da mensagem, "Você me vê? Eu posso ver você também."

Dezenas de outros usuários viram a mesma coisa. A maioria não pensou muito nisso - só que aquilo estava de alguma forma "engraçado". Alguns realmente se queixaram de dores de cabeça enquanto olhavam para a imagem, e reivindicações similares foram feitas por outros desde então.

Segundo a família de Jane, ela sofreu pesadelos depois de ver a imagem. Ela alegou que iria acordar e ver a Wanderer fora de sua janela. As vezes raspando o vidro com seus membros de aranha, mas normalmente apenas olhando para ela. Ela era incapaz de se mover enquanto a Wanderer marcava presença, como se muitas mãos invisíveis estivessem segurando-a. Mesmo quando ela fechava os olhos, ela ainda podia ver ela.

Sua família tinha certeza que ela estava assustada por causa de uma imagem da internet e estava tendo pesadelos, como resultado, até que Jane se queixou de ver a Wanderer em seu dia-a-dia. Ela estava convencida de que ela estava a seguindo. Ela a via mesmo quando ela estava em uma sala cheia de pessoas ou em um lugar público, mas mesmo assim ninguém via nada. A Família de Jane temia por sua sanidade mental, mas apenas assegurou que a Wanderer não era real.

Jane, no entanto, só piorou. Ela começou a ir aos extremos e passava as noites em claro acordada. Começou tomando apenas com cafeína para permanecer ativa, mas rapidamente começou a cortar-se, assim gritando a noite toda. Em pouco tempo, ela não estava dormindo mais. Ela estava convencida de que, se ela dormisse novamente, a Wanderer iria levá-la.

Sua família sabia que não poderia apenas esperar e torcer pelo melhor. Jane precisava de ajuda. Mas quando a mãe de Jane bateu na porta do quarto de sua filha, ela não recebeu nenhuma resposta. Ela abriu a porta com cuidado, não querendo perturbar ou assustar Jane, mas não ouviu nada.

Jane não estava em sua cama. Ela não estava sentada em seu computador. Ela parecia não estar em seu quarto, até que sua mãe verificou o armário.

Lá, Jane foi encontrada enrolada em um canto. Avermelhada de sangue de seu corpo, depois de ter empurrado a longa cortina garganta abaixo. Ela estava segurando uma nota manchada de sangue que dizia: "Não pode me pegar agora."

O caso de Jane não é isolado. Pelo resto da década de 90, dezenas de outros se suicidaram ou desapareceram depois de ver a imagem da Wanderer. Desde a virada do século - apesar dos meus melhores esforços para localizar a imagem - ela parece ter desaparecido. Recentemente, porém, eu postei em um fórum perguntando se alguém tinha ouvido falar do Wanderer. Já fiz isso muitas vezes antes e, geralmente, há uma ou duas pessoas que ouviram a história, mas ninguém viu a imagem. Desta vez foi diferente. Pouco depois de postar, recebi um e-mail na minha caixa de entrada.

O assunto do e-mail foi "Eu posso te ver." O corpo só dizia: "Você me vê? Eu posso ver você também."

Havia uma imagem anexada com a mensagem.


Eu não posso verificar se é a imagem Wanderer real ou não, mas devo avisá-lo que, se você optar por ver a imagem, você o faz por sua própria conta e risco.



















Manual de sobrevivência para uma creepypasta


Olá, Adoráveis Criaturas das Trevas. Hoje eu vim com o propósito de ajudar vocês! Não sabe como? Bem, eu explico.
Caro, leitor (a) do LScreepypastas (ou Creepypastas ( cripta virtual), como quiserem chamar :P) , você, alguma vez, depois de ler um dos artigos do blog, passou a noite em claro porque estava com medo demais para sequer conseguir fechar os olhos? Ou, talvez, teve medo de sair do seu quarto de noite, colocar o pé pra fora da cama, apagar as luzes, entre outras coisas que pudessem apresentar algum perigo para sua preciosa vida? Você morre de medo de se tornar o personagem principal de alguma creepypasta? Pois saiba que há uma solução, um modo de se proteger contra tudo que é sobrenatural, ameaçador e terrível. Algumas simples dicas que podem salvar a sua vida e evitar que você se meta em perigo, afinal, nunca se sabe quando essas coisas podem acontecer com você...

Observação¹: O texto a seguir é um texto de terror/humor e teve algumas partes alteradas para fazerem sentido em português. Há diversas referências a várias creepypastas e elementos comuns em histórias de terror.

Nós todos já estivemos lá. Você acaba de ir a um certo local, a uma certa hora em uma determinada data, fez alguma coisa e aquilo que você suspeitava que iria acontecer, aconteceu mesmo! Sem mencionar o fato de que você acaba de ver o-que-quer-que-seja-aquilo vivendo no seu espelho, te disseram em detalhes como você vai morrer e a coisa demoníaca que você invocou está vindo atrás de você. Seus familiares estão todos mortos, seus amigos desaparecidos e você está sendo observado por alguém com acesso ao seu quarto. Que diabos você faz agora, querido protagonista?
Bem, você veio ao lugar certo para descobrir! Essas são as regras que você deve seguir para, em primeiro lugar, não se tornar a vítima de uma creepypasta e, além disso, se sair bem se o pior acontecer. Basta ter essas simples regras em mente:

1. Espelhos e escuridão não se misturam.

2. Na verdade, espelhos são um "NÃO" em geral, no mundo das creepypastas. Não tem nada mais sinistro.


3. Há 0% de chance de sobrevivência se você olhar para a coisa que ninguém mais pode ver.

4. Se você está sozinho de noite em um bizarro hospital psiquiátrico, tire um tempo pra pensar em que porra você está fazendo lá e, então, se for apropriado, vá embora.

5. Evite ir a lugares onde as pessoas que foram lá nunca voltaram ou morreram inexplicávelmente.

6. Se alguém parar seu carro de noite e pedir uma carona, provavelmente seria melhor se você, gentilmente, recusasse.


7. Matar é um método de sobrevivência a ser considerado, se for necessário use moderadamente, mas sem medo.

8. Tenha um simples revólver .38. Carregue com duas balas de prata. Se você sentir que não tem chances de sair vivo da situação, atire no que quer que seja que está ameaçando sua vida. Se isso não funcionar, você ainda tem um tiro para se tornar um heroi.

9. Área 51 é simplesmente muito bem guardada pra deixar você entrar...ou para algum alien sair.

10. Quando estiver em um hotel, tente ficar longe de áreas não autorizadas. Mas, se você não conseguiu resistir e viu uma coisa vermelha, pare para pensar na faixa de preço e padrão do hotel na sua próxima visita. Ou você, por acaso, já ouvir falar em um Hilton mal assombrado?

11. Quando estiver procurando por um hotel, é bom saber se o local de sua escolha foi cenário de um assassinato em massa/ está cheio de pessoas mortas/ ou foi construído na boca do inferno. O jornal local pode ser de grande ajuda.


12. Invocar demônios, falar línguas estranhas e realizar rituais de qualquer tipo é considerado perigoso. Evite fazer isso, especialmente em casas/armazéns abandonados, igrejas, hospitais psiquiátricos, florestas e na sua casa em frente ao espelho durante a noite.

13. Ao visitar um novo lugar, conhecer o ambiente é essencial para a sobrevivência. Pergunte por lugares amaldiçoados, lendas, perigos e outros detalhes. Escute os conselhos dos moradores locais e não tenha medo de perguntar se você não tiver certeza de quais desaparecimentos/ataques são sobrenaturais e quais não.

14. Sempre tenha uma bíblia por perto. Serve não só como material de leitura, mas é também um objeto pesado para jogar nos inimigos.

15. Não conte com água benta. Ao invés disso, pegue um recipiente com ácido sulfúrico e peça para um padre consagrá-lo.

16. Padres japoneses purificam quartos balançando katanas (espadas) no local. O ritual é 100% efetivo em formas corpóreas.

17. Se você achar 666 mensagens no seu celular, email, etc, considere mudar o serviço provedor. E não se incomode em ler/ouvir essas mensagens. É spam. Extra dimensional, provavelmente, mas spam de qualquer forma.

18. Antigas companhias farmaceuticas não podem te ajudar. A menos que você precise, especificamente, de "Sangue do Inocente", "Óleo de Cobra" e "Xarope Radioativo". Ou seja, nunca.

19. Se você precisa assinar algo com sangue, você não precisa assinar isso. Todos os órgãos do governo aceitam contratos assinados com tinta, tenha isso em mente caso lhe ofereçam um contrato que pareça muito bom para ser verdade.


20. Farois são perigosos. Evite eles a todo custo. Se você trabalha em um farol, considere outras carreiras.

21. Não há uma única razão para ouvir música que cause tendências suicidas, ou para assistir filmes que causam/causaram
estranhas e desastrosas consequências.


22. Lugares secretos, isolados e intocados, são deixados assim por uma razão.

23. Antes de nadar nas águas de um sombrio lado congelado, no centro de uma floresta, à meia noite, pergunte a si mesmo: você realmente quer viajar para uma antiga e aterrorizante cidade? Se a resposta for "não", então fique em casa, assistindo o que quer que esteja passando na TV.

24. No seu 33º aniversário, tente celebrar em uma casa bem iluminada, na companhia de outras pessoas.

25. Assistir estática por longos períodos pode ser perigoso para sua saúde. Tente TV por satélite para combater esse problema.


26. Tenha um gato. Aquelas pequenas bolinhas de pelo parecem perceber fenomenos sobrenaturais melhor que nós e, se estiver desesperado, você pode jogá-lo contra qualquer coisa que estiver tentando te pegar.

27. Cemitérios são lugares ruins, especialmente com névoa e no halloween.

28. Tente não fechar os olhos, nunca. Se você precisar, faça apenas brevemente.

29. Se ouvir uma canção estranha, corra até estar fora do alcance da mesma.

30. Se você é velho demais para brincar com bonecas, você não precisa estar em qualquer lugar perto daquelas coisinhas bizarras.


31. Lendas podem oferecer valiosas dicas de onde não acampar com os amigos.

32. Quando for trabalhar como babá, assegure-se dos gostos e preferências da família, para evitar ser assassinada por estátuas mal escolhidas.


33. Mesmo que você esteja certo de que correr não vai te salvar, é sempre bom tentar.

Siga essas simples regras e pouco (ou nenhum) mal vai conseguir te atingir e, se atingir, você vai saber o que fazer.
E nada de sair jogando o seu gato nas coisas/pessoas, haha. Sério.

domingo, 2 de setembro de 2012

Os 7 pecados capitais: Bob Esponja


Para ampliarmos a sensação de suspense inserimos uma trilha para ser tocada acompanhado a leitura. (Não sejam covardes)

(Clique no play para ouvir)

 

Desde que ouvi o Sr. Lawrence dizer (em um comentário em áudio no DVD da 1 ª Temporada) que Stephen Hillenburg baseou os 7 personagens principais nos 7 pecados capitais, eu não pude deixar de ser muito fascinado por isso. Finalmente acho que eu descobri qual personagem é cada um:

1. Preguiça [Patrick]

– Preguiça é o pecado da preguiça, ou falta de vontade para agir. Obviamente este é o Patrick. Ele vive debaixo de uma pedra o tempo todo e realmente não faz nada. Na verdade, no episódio “O Grande Fracassado Cor de Rosa (2º Temporada)”, ele ganhou um prêmio por não fazer absolutamente nada durante mais tempo.

2. Ira [Lula Molusco]

– A ira se envolve em sentimentos de ódio e raiva. Lula Molusco odeia a sua vida, odeia principalmente o Bob Esponja, e é basicamente zangado com tudo o tempo todo.
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3. Avareza [Sr. Siriguejo

] – Obviamente, o Sr. Siriguejo é ganancioso e desejoso por dinheiro. Como o velho Siriguejo não poderia representar a Avareza? Ele até cantou sobre o poder da cobiça em “Á Venda (4º temporada)”.

4. Inveja [Plankton]

– Plankton tem inveja do Sr. Siriguejo, porque o Siri Cascudo é um sucesso enquanto o Balde de Lixo é um fracasso. Sua inveja leva-o a tentar roubar a fórmula secreta do Siri Cascudo toda vez.

5. Gula [Gary]

– Eu acho este aqui realmente muito engraçado. Você já percebeu a piada recorrente no desenho, onde eles dizem “Não se esqueça de alimentar o Gary” ou que o Bob diz: “Eu tenho que ir dar comida pro Gary”. Gary até mesmo fugiu de casa, naquele episódio em que o Bob Esponja se esqueceu de alimentá-lo. A gula normalmente se refere ao excesso de comida, então eu suponho que este se encaixe muito bem nele.

6. Soberba [Sandy]

– Sandy tem um excesso de orgulho em quem ela é e de onde ela vem. Ela se orgulha do fato de que veio do Texas, e gosta de ter certeza com que todo mundo saiba disso. Ela também se orgulha muito do fato de ser um mamífero e uma criatura da terra, como foi mostrado no episódio “Pressão (2º temporada)”, onde ela tenta provar que criaturas terrestres são melhores do que as criaturas marinhas.

7. Luxuria [Bob Esponja]

– Ok, eu sei o que você está pensando. Parece um pouco estranho e curioso no começo, mas eu pensei muito para chegar a essa conclusão, e não foi a toa. Luxuria, em uma definição mais correta, significa “amor excessivo dos outros”. Eu acho que isso se encaixa melhor no Bob Esponja. Ele mostra seu amor excessivo pelos outros com suas formas exageradas de fazer o bem e ajudar as pessoas. Se alguma coisa é realmente verdade sobre o Bob Esponja, é que ele ama todos ao seu redor, mesmo que eles não exatamente retornem todo o seu amor.
Então foi isso que deduzi. Eu não sei o que ninguém pensa sobre isso. Ah, a propósito, tente não analisar demais os desenhos, especialmente Bob Esponja. Eu realmente acho que as pessoas que trabalham no desenho tentam ser inconsistentes de propósito… Apenas para serem engraçados.
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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Pedido do dono

Por favor, sempre que vocês puderem, deixem seus comentários. Isso vai ajudar muito. Atenciosamente LS.
Please, whenever you can, leave your comment. This will help a lot. Sincerely LS.

O lado obscuro de Talking Tom Cat


Vocês devem conhecer o aplicativo Talking Tom Cat, correto? Aquele aplicativo de Android e iOS, que o gatinho repete o que você fala! É Um aplicativo muito popular. Hoje eu resolvi comprá-lo, sempre disseram que era um aplicativo muito engraçado e tal. Acabando de baixar no meu iPhone, abro o app e ele não começou pelo "Outfit 7", a empresa, como vi em outros aparelhos. Deve ser normal. Não tinha o fundo de muro. Não tinha ações, deve ter sido um bug.

Falei um "Olá" e ele repetiu normalmente: "Olá". Realmente é muito engraçado a voz. Depois de alguns segundos rindo. Vi que o Tom estava borrado. Repeti um "oi oi oi oi oi" e ele repetiu, porém com uma voz muito diferente, muito distorcida, o jeito que ele falou me lembrou o Lavender Town. Algo estava errado. Fechei o aplicativo, coloquei o iPhone para carregar. Depois eu fui ver novamente o aplicativo. Agora ele abriu normalmente, como vi em outros aparelhos e nas imagens da App Store. Toquei nas ações para ver o que ele fazia. Tocava, tocava e o gato ficava parado. Ele começou a rir de repente, achei que era alguma ação, alguns segundos depois, ele parou. Começou a dizer algumas palavras, eu não conseguia ouvir direito, mas eu sei que eu ouvi "Help" repetidas vezes.

Chegou uma hora que eu consegui entender o que ele estava falando. Ele disse: "Socorro! Estou preso dentro desse aplicativo maldito. Eu já estou morto. Fui assassinado. Minha alma foi presa neste aplicativo". Joguei o iPhone no chão. Ele falou "Calma! Apenas me escute. Todos os aplicativos da série Talking são almas perdidas. São condenados a repetir o que usuários de smartphone falam. Eu também tive problemas com este aplicativo. Agora eu estou aqui. Devolva esse aplicativo se quiser salvar sua vida! AGORA!". Como assim!? Tentei devolver o aplicativo na App Store mas não deu tempo. Continuei meu dia normalmente, sem bizarrices. Quando eu fui dormir, Eu ouvi a voz do gato em um idioma não compreensível. Fui me levantar, para beber um copo de água, eu posso estar pensando muito nele e pode me ter tido alucinações. Acendendo a luz e me deparo com um gato, como foi que ele entrou aqui? Estava tudo fechado! Ele me atacou. Ele tinha garras tão grandes que furou meu coração. Agora eu estou aqui. Repetindo coisas, meu novo emprego. Usando um smartphone qualquer, digitando esse texto.
 E você, tem algum aplicativo da série Talking também?

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O lado escuro do Bob Esponja


Eu era um residente nos estúdios da Nickelodeon em 2005, por causa da minha graduação em animação. Eu não era pago, claro, a maioria dos residentes não são, mas tive algumas vantagens além do aprendizado. Para os adultos não é grande coisa, mas a maioria das crianças na época se matariam por isso, já que trabalhava com editores e animadores, eu conseguia ver os novos episódios dias antes de serem lançados.
Eles tinham recentemente feito o filme do Bob Esponja e com isso a criatividade da equipe teria ficado um pouco esgotada, o que atrasou o início da quarta temporada. Mas o verdadeiro motivo do atraso foi bem mais perturbador. Houve um problema com o primeiro episódio da quarta temporada que atrasou o desenvolvimento por vários meses.
redmisttapenewangle
Eu e dois outros estagiários estavamos na sala de edição, juntamente com os animadores e editores de som para o corte final. Nós recebemos uma cópia do que seria o episódio “Medo de Hambúrger de Siri” e nos juntamos em frente à tela para assistir. Os animadores geralmente colocavam títulos engraçados, numa espécie de piada interna entre nós, já que a animação ainda não estava finalizada, nada particularmente engraçado. Então quando lemos o título “O Suicídio do Lula Molusco” não pensamos em nada além de que seria uma piada mórbida. Um dos residentes até riu do título. A música tema tocava normalmente.
A história começou com o Lula Molusco se preparando para praticar com a clarineta em sua casa enquanto Bob Esponja e Patrick brincam do lado do fora. Lula Molusco coloca a boca na clarineta e só consegue tocar algumas notas antes de ser interrompido por alguém batendo em sua porta. Ele desce as escadas e abre a porta, encontrando um vendedor ambulante.
O vendedor, um peixe escocês gigante, pergunta se ele poderia ter um momento com Lula Molusco. Mas este diz que não está interessado e bate a porta na cara do vendedor, andando de volta para seu quarto. O vendedor bate à porta mais uma vez, e Lula Molusco abre a porta irritado. O vendedor, parecendo bem triste, diz à Lula Molusco que “a névoa vermelha está vindo” e vai embora, deixando um Lula Molusco confuso para trás. Ele volta para seu quarto e continua a praticar com a clarineta.
avatar_80942292a169_128Depois de tocar algumas notas bem erradas, Bob Esponja e Patrick começam a rir do lado de fora, interrompendo Lula Molusco mais uma vez. Ele olha pela janela e grita com os dois, dizendo que ele precisa praticar para um concerto que teria. Bob Esponja e Patrick se desculpam com lágrimas nos olhos e vão para suas casas. Lula Molusco, incerto de si mesmo, volta a praticar com sua clarineta mais uma vez, agora sem ser interrompido.
A cena então vai se “apagando” em vermelho e permanece assim por doze segundos. Talvez por causa de um erro, a mesma cena repete mais uma vez, o que provavelmente deve ser comum em edições básicas de animação. Entretanto, dessa vez, os olhos dos personagens foram substituídos por novos, mais realísticos e com pupilas vermelhas. Não há mais áudio nessa cena, tirando alguns “cliques” ocasionais.
Depois da repetição da cena anterior, uma nova começa, com os mesmos olhos vermelhos nos personagens. Agora todos estão no teatro, onde Lula Molusco está tocando sua clarineta. Os quadros da animação “pulam” a cada quatro segundos, mas o som permanece sincronizado. Depois de uma apresentação ruim da música que ele mesmo intitulou “Red Mist”, Bob Esponja e Patrick são vistos na platéia vaiando Lula Molusco.
Neste ponto que as coisas começaram a ficar estranhas. Durante o show, alguns quadros se repetem, mas o som não (neste ponto é o som sincronizado com a animação então sim, não é comum), mas quando ele pára de tocar, o som termina como se o show nunca tivesse acontecido. Há um rápido murmúrio e o público começa a vaiá-lo. Não é vaiar o Lula Molusco que é incomum no show, mas você poderia muito bem sentir o desespero dele. Daí mostra Lula Molusco em full frame, que olha visivelmente com medo.
RedMistSquidward
A cena muda para a multidão, com Bob Esponja no centro da tela, que também está vaiando. No entanto, essa não é a coisa mais estranha. O que é estranho é que todos tinham os olhos hiper realistas. Muito detalhado. Claro que não eram olhos de pessoas reais, mas algo um pouco mais real que CG. Alguns de nós nos olhamos durante a cena, obviamente confusos. A cena muda para o Lula Molusco, sentado na beira de sua cama, olhando muito desamparado. O ponto de vista de sua janela vigia é de um céu noturno por isso não é muito tempo após o concerto. A parte preocupante é que neste ponto não há som. Literalmente, sem som. Nem mesmo o feedback dos alto-falantes na sala. É como se os altofalantes fossem desligados, embora o seu estado lhes mostrou funcionando perfeitamente. Ele apenas ficou lá, piscando, neste silêncio por cerca de 30 segundos, então ele começou a soluçar baixinho.
Ele colocou as mãos (os tentáculos) sobre os olhos e chorou em silêncio por quase um minuto, ao mesmo tempo em que um som no fundo começa a crescer muito lentamente a partir do nada para quase inaudível. Soou como uma leve brisa por uma floresta. A tela começa muito lentamente a aumentar o zoom em seu rosto. Seu choro fica mais alto, mais cheio de mágoa e raiva. A tela começa com algumas distorções, como uma TV com sinal ruim e logo volta ao normal. O som fica mais alto e lentamente, mais grave, como se uma tempestade estivesse se formando em algum lugar.
A parte assustadora é o som e os soluços de Lula Molusco, parecia real, como se o som não viesse dos alto-falantes ou se os alto-falantes fossem apenas buracos e o som estivesse vindo do outro lado. Por baixo do som do vento e soluçar, muito fraco, ouvia-se algo que parecia rir. Após cerca de 30 segundos neste clima, a tela ficou borrada e se contorceu violentamente e algo brilhou sobre a tela, como se um único quadro fosse substituído. O animador principal pausou e voltou quadro a quadro. O que vimos era horrível. Era a foto de uma criança morta. Ele não tinha mais do que 6 anos. O rosto estava desfigurado e ensanguentado, um olho arrancado e o estômago aberto com as entranhas caíndo ao seu lado. Ele estava deitado em uma espécie de pavimento, provavelmente uma estrada. A parte mais assustadora era a sombra do fotógrafo. Não havia fita de isolamento, nem marcadores de evidência, e o ângulo era totalmente diferente daqueles de uma foto policial. Parecia que o fotógrafo era a pessoa responsável pela morte da criança.
Depois que essa foto aparece, a cena volta para Lula Molusco soluçando, muito mais alto do que antes, e o que parece ser sangue escorre de seus olhos ao invés de lágrimas. O riso, que lembra o riso do vendedor no início do episódio, pode ser ouvido ainda. O som de vento na floresta também pode ser ouvido em som alto, com o som de galhos sendo quebrados e de crianças gritando. Depois de vinte segundos, outro quadro aparece, agora com uma menina de mais ou menos oito anos morta, caída de barriga pra baixo em uma poça de sangue, aparentemente na mesma floresta da foto do menino. Suas costas estão abertas e suas entranhas empilhadas sobre ela. Novamente o corpo estava na rua, e a sombra do fotógrafo era visível, muito similar no tamanho e forma vistos na primeira foto. Eu me segurei para não vomitar, e outra residente, a única mulher da sala, saiu correndo.
O episódio continuou, Lula Molusco ficou em silêncio, assim como todo o som, como era quando começou essa cena. Ele colocou seus tentáculos para baixo e seus olhos estavam agora feito em hiper realismo como os outros estavam no começo deste episódio.
Eles estavam sangrando, vermelhos e pulsantes. Ele só olhou para a tela, como se estivesse assistindo ao telespectador. Após cerca de 10 segundos, ele começou a chorar, desta vez não cobrindo seus olhos. O som era penetrante e forte, aos poucos o som de seus soluços foi novamente misturado com gritos de crianças. O som do vento voltou, assim como a risada ao fundo, dessa vez a próxima foto que aparecera durou por cinco quadros.
O animador conseguiu parar a cena no quarto quadro. Dessa vez a foto era de um garoto, da mesma idade da primeira criança, mas dessa vez a cena era diferente: as entranhas estavam sendo puxadas para fora de um corte no estômago por uma mão grande.
O animador continuou. Era difícil de acreditar, mas a foto seguinte era a mesma, mas havia algo de diferente nela, algo que não conseguíamos perceber exatamente. O animador voltou para o primeiro quadro e os acelerou. Eu vomitei no chão e os editores de animação e som ficaram mortificados com o que viram. Os cinco quadros, quando acelerados juntos, pareciam quadros de um vídeo. Podíamos ver a mão lentamente erguer as tripas da criança, vimos os olhos dela focarem-se em seu assassino, nós até vimos, em dois frames, a criança piscar.
O diretor de edição de som nos mandou parar, ele tinha que ligar para o criador da série e mandá-lo ver aquilo. Mr. Hillenburg chegou depois de 15 minutos. Ele estava confuso com o porquê de ter sido chamado ali, o editor continuou o episódio.
Após aqueles quadros terem passado, toda a gritaria e todo som parara novamente. Lula Molusco estava apenas encarando o espectador, seu rosto estava na tela toda. A cena afastou-se e aquela voz profunda disse “FAÇA”. A câmera rapidamente se afasta para revelar que Lula Molusco está segurando uma arma. Lula Molusco ergue o cano da arma para sua boca e atira. Sangue espirra de sua cabeça e a tela corta para estática (o famoso “chiado”).
Os últimos cinco segundos do episódio mostrava seu corpo na cama, um olho pendurava-se para fora do que restava de sua cabeça, encarando o nada. Então o episódio acabou. Mr. Hillenburg obviamente ficou furioso com aquilo. Ele imediatamente quis saber o que diabos estava acontecendo. Muitas pessoas já haviam deixado a sala àquela altura, então apenas alguns de nós assistimos ao episódio novamente. Ver o episódio mais uma vez apenas colaborou para fixar mais ainda tudo na minha mente e me causar pesadelos terríveis. Me arrependo de ter ficado.
suicidio de calamardo
Como resultado deste incidente, três animadores (Barry O’Neill, Grant Kirkland Jr. e Alyssa Simpson) foram mandados para o hospital, um editor se aposentou (Fernando de la Peña) e um residente (Jackie McMullen) cometeu suicídio. A fita foi enviada para a polícia, que determinou que a animação havia sido criada por Andrew Skinner, um animador escocês. Ele foi acusado por nove assassinatos, incluindo o das duas crianças que aparecem na fita.
Uma cópia da fita foi feita (antes da polícia confiscar a original) por Chaz Agnew. Agnew fez várias tentativas de distribuir as cópias da fita de Skinner e espera poder lançá-las em site de leilão online em breve.
O vídeo abaixo mostra um trecho de 49 segundos do vídeo original, a penúltima cena do episódio. Foi o primeiro trecho liberado por Agnew, após isso alguns fãs fizeram uma montagem, um “remake” caseiro do episódio.
Já o vídeo abaixo mostra o segundo trecho liberado por Agnew.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Casa sem fim



Deixe-me começar dizendo que Peter Terry era viciado em heroína. Nós éramos amigos na faculdade e continuamos sendo após eu ter me formado. Note que eu disse "eu". Ele largou depois de 2 anos mal feitos. Depois que eu me mudei do dormitório para um pequeno apartamento, não via Peter com muita frequência. Nós costumávamos conversar online as vezes (AIM era o rei na época pré-facebook). Houve um tempo que ele não ficou online por cinco semanas seguidas. Eu não estava preocupado. Ele era um notável viciado em cocaína e drogas em geral, então eu assumi que ele apenas parou de se importar. Mas então, uma noite, eu o vi entrando. Antes que eu pudesse começar uma conversa, ele me mandou uma mensagem.

"David, cara, nós precisamos conversar."

Foi quando ele me disse sobre a Casa sem Fim. Ela tinha esse nome pois ninguém nunca alcançou a saída final. As regras eram bem simples e clichês: chegue na saída final e você ganha 500 dólares, nove cômodos no total. A casa estava localizada fora da cidade, aproximadamente 7km da minha casa. Aparentemente ele tentou e falhou. Ele era viciado em heroína e sabe lá em mais o que, então eu imaginei que as drogas tinham feito ele se cagar todo por causa de um fantasma de papel ou algo assim. Ele me disse que seria demais pra qualquer um. Que não era normal. Eu não acreditei nele. Por que eu deveria? Eu disse a ele que iria checar isso na outra noite, e não importava o quanto ele tentasse me fazer não ir, 500 dólares soava bom demais pra ser verdade, eu precisava tentar. Fui na noite seguinte. Isso foi o que aconteceu.



Quando eu cheguei, imediatamente notei algo estranho sobre a casa. Você já viu ou leu algo que não deveria te assustar, mas por alguma razão te gelava a espinha? Eu andei através da construção e o o sentimento de mal estar apenas aumentou quando eu abri a porta da frente.

Meu coração desacelerou e soltei um suspiro aliviado assim que entrei. O cômodo parecia como uma entrada de um hotel normal decorada para o Halloween. Um sinal foi colocado no lugar onde deveria ter um funcionário. Se lia "Quarto 1 por aqui. Mais oito a seguir. Alcance o final e você vence!" Eu ri e fui para a primeira porta.

A primeira área era quase cômica. A decoração lembrava o corredor de Halloween de um K-Mart, cheia de fantasmas de lençol e zumbis robóticos que soltavam um grunhido estático quando você passava. No outro lado tinha uma saída, a única porta além da qual eu entrei. Passei através das falsas teias de aranha e fui para o segundo quarto.

Fui recebido por uma névoa assim que abri a porta do segundo quarto. O quarto definitivamente apostou alto nos termos de tecnologia. Não havia apenas uma máquina de fumaça, mas morcegos pendurados pelo teto e girando em círculos. Assustador. Eles pareciam ter em algum lugar da sala, uma trilha sonora em loop de Halloween que qualquer um encontra em uma loja de R$1,99. Eu não vi um rádio, mas imaginei que eles tenham usado um sistema de PA. Eu pisei em cima de alguns ratos de brinquedo com rodinhas e andei com o peito inchado para a próxima área. Eu alcancei a maçaneta e meu coração parou. Eu não queria abrir essa porta. O sentimento de medo bateu tão forte que eu mal conseguia pensar. A lógica voltou depois de alguns momentos aterrorizantes, e eu abri a porta e entrei no próximo cômodo.

No quarto 3 foi quando as coisas começaram a mudar.

A primeira vista, parecia como um quarto normal. Havia uma cadeira no meio do quarto com piso de madeira. Uma lâmpada no canto fazia o péssimo trabalho de iluminar a área, e lançava algumas sombras sobre o chão e as paredes. Esse era o problema. Sombras. Plural. Com a exceção da cadeira, havia outras. Eu mal tinha entrado e já estava apavorado. Foi naquele momento que eu soube que algo não estava certo. Eu nem sequer pensava quando automaticamente tentei abrir a porta de qual eu vim. Estava trancada pelo outro lado.

Isso me deixou atormentado. Alguém estava trancando as portas conforme eu progredia? Não havia como. Eu teria ouvido. Seria uma trava mecânica que fechava automaticamente? Talvez. Mas eu estava muito assustado pra pensar. Eu me voltei para o quarto e as sombras tinham sumido. A sombra da cadeira permaneceu, mas as outras se foram. Comecei a andar lentamente. Eu costumava alucinar quando era criança, então eu conclui que as sombras eram um produto da minha imaginação. Comecei a me sentir melhor assim que fui para o meio da sala. Olhei para baixo enquanto andava, e foi aí que eu vi. A minha sombra não estava lá. Eu não tive tempo para gritar. Corri o mais rápido que pude para a outra porta e me atirei sem pensar no próximo quarto.

O quarto cômodo foi possivelmente o mais perturbador. Assim que eu fechei a porta, toda a luz pareceu ser sugada para fora e colocada no quarto anterior. Eu fiquei ali, rodeado pela escuridão, e não conseguia me mexer. Não tenho medo do escuro, e nunca tive, mas eu estava absolutamente aterrorizado. Toda a minha visão tinha me deixado. Eu ergui minha mão na frente do meu rosto e se eu não soubesse que tinha feito isso, nunca seria capaz de contar. Não conseguia ouvir nada. Estava um silêncio mortal. Quando você está em uma sala à prova de som, ainda é capaz de se ouvir respirar. Você consegue ouvir a si mesmo estar vivo. Eu não podia. Comecei a tropeçar depois de alguns momentos, a única coisa que eu podia sentir era meu coração batendo rapidamente. Não havia nenhuma porta à vista. Eu não tinha nem sequer certeza se havia uma porta mesmo. O silêncio foi quebrado por um zumbido baixo.

Senti algo atrás de mim. Vire-me bruscamente mas mal conseguia ver meu nariz. Mas eu sabia que era lá. Independentemente do quão escuro estava, eu sabia que tinha algo lá. O zumbido ficou mais alto, mais perto. Parecia me cercar, mas eu sabia que o que quer que estivesse causando o barulho, estava na minha frente, se aproximando. Dei um passo para trás, eu nunca tinha sentido esse tipo de medo. Eu realmente não consigo descrever o verdadeiro medo. Não estava nem com medo de morrer, mas sim do modo que isso ia acontecer. Tinha medo do que a coisa reservara para mim. Então as luzes piscaram por menos de um segundo e eu vi. Nada. Eu não vi nada e eu sei que eu não vi nada lá. O quarto estava novamente mergulhado na escuridão, e o zumbido era agora um guincho selvagem. Eu gritei em protesto, não conseguiria ouvir o barulho por mais um maldito minuto. Eu corri para trás, longe do barulho, e comecei a procurar pela maçaneta. Me virei e cai dentro do quarto 5.

Antes que eu descreva o quarto 5, você deve entender algo. Eu não sou um viciado. Nunca tive história de abuso de drogas ou qualquer tipo de psicoses além das alucinações na minha infância que eu já mencionei, e elas eram apenas quando eu estava realmente cansado ou tinha acabado de acordar. Eu entrei na Casa sem Fim limpo.

Depois de cair do quarto anterior, minha visão do quinto quarto foi de costas, olhando pro teto. O que eu vi não me assustou, apenas me surpreendeu. Árvores tinha crescido no quarto e se erguiam acima da minha cabeça. O teto desse quarto era mais alto que os outros, o que me fez pensar que eu estava no centro da casa. Me levantei do chão, me limpei e olhei ao redor. Era definitivamente o maior quarto de todos. Eu sequer conseguia ver a porta de onde eu estava, os vários arbustos e árvores devem ter bloqueado a minha linha de visão da saída. Nesse momento eu notei que os quartos estavam ficando mais assustadores, mas esse era um paraíso em comparação ao último. Também assumi que o que estava no quarto quatro ficou lá. Eu estava incrivelmente errado.


Conforme eu andava, comecei a ouvir o que se poderia ouvir em uma floresta, o barulho dos insetos se movendo e dos pássaros voando pareciam ser as minhas únicas companhias nesse quarto. Isso foi o que mais me incomodou. Eu podia ouvir os insetos e os outros animais, mas não conseguia vê-los. Comecei a me perguntar quão grande essa casa era. De fora, quando eu caminhei até ela, parecia como uma casa normal. Era definitivamente na maior parte da casa, já que tinha quase uma floresta inteira. A abóbada cobria minha visão do teto, mas eu assumi que ele ainda estava lá, por mais alto que fosse. Eu também não via nenhuma parede. A única maneira que eu sabia que ainda estava dentro da casa era por causa do chão compatível com o dos outros quartos, pisos escuros de madeira. Continuei andando na esperança que a próxima árvore que eu passasse revelaria a porta. Depois de alguns momento de caminhada, senti um mosquito no meu braço. O espantei e continuei. Um segundo depois, senti cerca de dez mais deles em diferentes lugares da minha pele. Senti eles rastejarem para cima e para baixo nos meus braços e pernas, e algum deles foram para o meu rosto. Eu me agitava freneticamente para espantá-los mas eles continuavam rastejando. Eu olhei para baixo e soltei um grito abafado, mais um ganido, para ser honesto. Eu não vi um único inseto. Nenhum inseto estava em mim, mas eu conseguia senti-los. Eu ouvia eles voando pelo meu rosto e picando a minha pele, mas não conseguia ver um único inseto. Me joguei no chão e comecei a rolar descontroladamente. Eu estava desesperado. Eu odiava insetos, especialmente os que eu não conseguia ver ou tocar. Mas eles conseguiam me tocar, e estavam por toda parte.

Eu comecei a rastejar. Não tinha ideia para onde estava indo, a entrada não estava a vista, e eu ainda não tinha visto a saída. Então eu apenas rastejei, minha pele se contorcendo com a presença desses insetos fantasmas. Depois do que pareceu horas, eu achei a porta. Agarrei a árvore mais próxima e me apoiei nela, eu dava tapas nos meus braços e pernas, sem sucesso. Tentei correr mas não conseguia, meu corpo estava exausto de rastejar e lidar com o que quer que estivesse no meu corpo. Eu dei alguns passos vacilantes até a porta, me segurando em cada árvore para me apoiar. Estava a poucos passos da porta quando eu ouvi. O zumbido baixo de antes. Estava vindo do próximo quarto, e era mais profundo. Eu podia quase senti-lo dentro do meu corpo, como quando você está do lado de um amplificador em um show. O sensação dos insetos em mim diminuiu quando o zumbido ficou mais alto. Assim que eu coloquei a mão na maçaneta, os insetos se foram completamente, mas eu não conseguia girar a maçaneta. Eu sabia que se eu soltasse, os insetos voltariam, e eu não voltaria para o cômodo quatro. Eu apenas fiquei ali, minha cabeça pressionada contra a porta marcada 6, minha mão trêmula segurando a maçaneta. O zumbido era tão alto que eu não conseguia nem me ouvir fingir pensar. Eu não podia fazer nada além de prosseguir. O quarto 6 era o próximo, e ele era o inferno.

Fechei a porta atrás de mim, meus olhos fechados e meus ouvidos zunindo. O zumbido me rodeava. Assim que a porta fechou, o zumbido se foi. Abri meus olhos e a porta que eu fechei sumira. Era apenas uma parede agora. Olhei em volta em choque. O quarto era idêntico ao terceiro, a mesma cadeira e lâmpada, mas com a quantidade de sombras corretas dessa vez. A única real diferença é que a porta de saída, e a que eu vim, tinham sumido. Como eu disse antes, eu não tinha problemas anteriores nos termos de instabilidade mental, mas no momento eu sentia como se estivesse louco. Eu não gritei. Não fiz um som. No começo eu arranhei suavemente. A parede era resistente, mas eu sabia que a porta estava lá, em algum lugar. Eu apenas sabia que estava. Arranhei onde a maçaneta estava. Arranhei a parede freneticamente com ambas as mãos, minhas unhas começaram a ser lixadas pela parede. Cai silenciosamente de joelho, o único som no quarto era o incessante arranhar contra a parede. Eu sabia que estava lá. A porta estava lá, eu sabia que estava apenas lá, sabia que se eu pudesse passar pela parede-

"Você está bem?"

Pulei do chão e me virei rapidamente. Me encostei contra a parede atrás de mim e vi o que falou comigo, e até hoje eu me arrependo de ter me virado.

A garotinha usava um vestido branco que descia até seus tornozelos. Ela tinha longos cabelos loiros que desciam até o meio das suas costas, pele branca e olhos azuis. Ela era a coisa mais assustadora que eu já tinha visto, e eu sei que nada na vida será tão angustiante como o que eu vi nela. Enquanto eu a olhava, eu via a jovem menina, mas também via algo mais. Onde ela estava eu vi o que parecia com um corpo de um homem maior do que o normal e coberto de pelos. Ele estava nu da cabeça ao dedão do pé, mas sua cabeça não era humana, e seus pés eram cascos. Não era o diabo, mas naquele momento poderia muito bem ter sido. Sua cabeça era a cabeça de um carneiro e o focinho de um lobo. Era horrível, e era como a menininha a minha frente. Eles tinham a mesma forma. Eu não consigo realmente descrever, mas eu via os dois ao mesmo tempo. Eles compartilhavam o mesmo lugar do quarto, mas era como olhar para duas dimensões separadas. Quando eu olhava a menina, eu via a coisa, e quando eu olhava a coisa, eu via a menina. Eu não conseguia falar. Eu mal conseguia ver. Minha mente estava se revoltando contra o que eu tentava processar. Eu já tive medo antes na minha vida, e eu nunca tinha estado mais assutado do que quando fiquei preso no quarto 4, mas isso foi antes do sexto. Eu apenas fiquei ali, olhando para o que quer que fosse que falou comigo. Não havia saída. Eu estava preso lá com aquilo. E então ela falou de novo.

"David, você deveria ter ouvido"

Quando aquilo falou, eu ouvi palavras da menina, mas a outra coisa falou atrás da minha mente numa voz que eu não tentarei descrever. Não havia nenhum outro som. A voz apenas continuava repetindo a frase de novo e de novo na minha mente, e eu concordei. Eu não sabia o que fazer. Estava ficando louco e ainda assim eu não conseguia tirar os olhos do que estava na minha frente. Cai no chão. Pensei que tinha desmaiado, mas o quarto não deixaria isso acontecer. Eu apenas queria que isso terminasse. Eu estava de lado, meus olhos bem apertos e a coisa olhando pra mim. No chão na minha frente estava correndo um dos ratos de brinquedo do segundo quarto. A casa estava brincando comigo. Mas por alguma razão, ver esse rato fez a minha mente voltar de onde quer que ela estivesse, e olhar ao redor do quarto. Eu sairia de lá. Estava determinado a sair daquela casa e nunca mais pensar sobre ela novamente. Eu sabia que esse quarto era o inferno e não estava pronto para ficar lá. No começo apenas meus olhos se moviam. Eu procurava nas paredes por qualquer tipo de abertura. O quarto não era muito grande, então não demorou muito para que eu checasse tudo. O demônio continuava zombando de mim, a voz cada vez mais alta como a coisa parada lá. Coloquei minha mão no chão e fiquei de quatro, e voltei a explorar a parede atrás de mim. Então eu vi algo que eu não podia acreditar. A coisa estava agora diretamente nas minhas costas, sussurrando como eu não deveria ter vindo. Eu senti sua respiração na minha nuca, mas me recusei a me virar. Um grande retângulo foi riscado na madeira, com um pequeno entalhe no meio dele. E bem em frente aos meus olhos eu vi um 7 que eu tinha inconscientemente feito na parede. Eu sabia o que era. Quarto 7 estava bem onde o quarto 5 estava a momentos atrás.

Eu não sabia como eu tinha feito aquilo, talvez tenha sido apenas o meu estado no momento, mas eu tinha criado a porta. Eu sabia que tinha. Na minha loucura eu tinha riscado na parede o que eu mais precisava, uma saída para o próximo quarto. O quarto 7 estava perto. Eu sabia que o demônio estava bem atrás de mim, mas por alguma razão, ele não conseguia me tocar. Fechei meus olhos e coloquei ambas as mãos no grande 7 na minha frente. E empurrei. Empurrei o mais forte que pude. O demônio agora gritava nos meus ouvidos. Ele e dizia que eu nunca iria embora. Me dizia que esse era o fim, mas que eu não iria morrer, eu iria ficar lá no quarto 6 com ele. Eu não iria. Empurrei e gritei com todo o meu fôlego. Eu sabia que alguma hora eu iria atravessar a parede. Cerrei meus olhos e gritei, e então o demônio se foi. Eu fui deixado no silêncio. Me virei lentamente e fui saudado com o quarto estando como estava quando eu entrei, apenas uma cadeira e uma lâmpada. Eu não podia acreditar nisso, mas não tive tempo de me habituar. Me virei para o 7 e pulei levemente para trás. O que eu vi foi uma porta. Não a que eu tinha riscado lá, mas uma porta normal com um grande 7 nela. Todo o meu corpo tremia. Me levou um tempo para girar a maçaneta. Eu apenas fiquei lá, parado por um tempo, encarando a porta. Eu não podia ficar no quarto 6, não podia. Mas se isso foi apenas o quarto 6, não conseguia imaginar o que me aguardava no 7. Devo ter ficado lá por uma hora, apenas olhando para o 7. Finalmente, respirei fundo e girei a maçaneta, abrindo a porta para o quarto 7.

Cambaleei através da porta mentalmente exausto e fisicamente fraco. A porta atrás de mim se fechou, e eu me toquei de onde estava. Eu estava fora. Não fora como no quarto 5, eu estava realmente lá fora. Meus olhos ardiam. Eu queria chorar. Cai de joelhos e tentei, mas não consegui. Eu estava finalmente fora daquele inferno. Nem sequer me importava com o prêmio que foi prometido. Me virei e vi que porta que eu tinha acabado de atravessar era a entrada. Andei até o meu carro e dirigi para casa, pensando em o quão bom seria tomar um banho.

Assim que cheguei em casa, me senti desconfortável. A alegria de deixar a Casa Sem Fim tinha sumido, e um temor crescia lentamente em meu estômago. Parei de pensar nisso e fiz meu caminho para a porta da frente. Entrei e imediatamente subi para o meu quarto. Eu entrei lá e na minha cama estava meu gato Baskerville. Ele foi a primeira coisa viva que eu vi aquela noite, e fui fazer carinho nele. Ele sibilou e bateu na minha mão. Recuei em choque, ele nunca tinha agido assim. Eu pensei "tanto faz, ele é um gato velho". Fui para o banho e me aprontei para o que eu esperava ser uma noite de insônia.

Depois do meu banho, fui cozinhar algo. Desci as escadas e me virei para a sala de estar, e vi o que ficaria para sempre gravado em minha mente. Meus pais estavam deitados no chão, nus e cobertos de sangue. Foram mutilado ao ponto de estarem quase identificáveis. Seus membros foram removidos e colocados do lado dos seus corpos, e suas cabeças em seus peitos, olhando para mim. A pior parte eram suas expressões. Eles sorriam, como se estivessem felizes em me ver. Vomitei e comecei a chorar lá mesmo. Eu não sabia o que tinha acontecido, eles nem sequer moravam comigo. Eu estava confuso. E então eu vi. Uma porta que nunca esteve lá antes. Uma porta com um grande 8 riscado com sangue nela.

Eu continuava na casa. Estava na minha sala de estar, mas ainda assim, no quarto 7. O rosto dos meus pais sorriram mais assim que eu percebi isso. Eles não eram meus pais, não podiam ser. Mas pareciam exatamente como eles. A porta marcada com um 8 estava do outro lado, depois dos corpos mutilados na minha frente. Eu sabia que tinha que continuar, mas naquele momento eu desisti. Os rostos sorridentes acabaram comigo, me seguravam lá onde eu estava. Vomitei novamente e quase entrei em colapso. E então, o zumbido voltou. Estava mais alto do que nunca, enchia a casa e tremia as paredes. O zumbido me obrigou a andar. Comecei a andar lentamente, indo em direção a porta e aos corpos. Eu mal conseguia ficar em pé, ainda mais andar, e quanto mais perto eu ia dos meus pais, mais perto do suicídio eu estava. As paredes agora tremiam tanto que parecia que desmoronariam, mas ainda assim os rostos sorriam para mim. Cada vez que eu me movia, os olhos me seguiam. Agora eu estava entre os dois corpos, a alguns metros da porta. As mãos desmembradas rastejaram em minha direção, o tempo todo os rostos continuavam a me olhar fixamente. Um novo terror tomou conta de mim e eu andei mais rápido. Eu não queria ouvir eles falarem. Não queria que as vozes fossem iguais a dos meus pais. Eles começaram a abrir suas bocas, e agora as mãos estavam a centímetros dos meus pés. Em um movimento desesperado, corri até a porta, a abri, e bati com ela atrás de mim. Quarto 8.

Eu estava farto. Depois do que acabara de acontecer, eu sabia que não tinha mais nada que essa porra de casa pudesse ter que eu não pudesse sobreviver. Não havia nada além do fogo do inferno que eu não estava preparado. Infelizmente eu subestimei as capacidades da Casa Sem Fim. Infelizmente, as coisas ficaram mais perturbadoras, mais terríveis e mais indescritíveis no quarto 8.

Eu continuo tendo dificuldade me acreditar no que eu vi na sala 8. De novo, o quarto era uma cópia do quarto 6 e 4, mas sentado na cadeira normalmente vazia, estava um homem. Depois de alguns segundos de descrença, minha mente finalmente aceitou o fato de que o homem sentado lá era eu. Não alguém que parecia comigo, ele era David Williams. Me aproximei. Eu tinha que dar uma olhada melhor, mesmo tendo certeza disso. Ele olhou para mim e notei lágrimas em seus olhos.

"Por favor.... por favor, não faça isso. Por favor, não me machuque."

"O que?" Eu disse. "Quem é você? Eu não vou te machucar."

"Sim, você vai" Ele soluçava agora. "Você vai me machucar e eu não quero que você faça isso." Ele colocou suas pernas para cima na cadeira e começou a se balançar para frente e para trás. Foi realmente bem patético de olhar, principalmente por ele ser eu, idêntico em todos os sentidos.

"Escute, quem é você?" Eu estava agora apenas a alguns metros do meu doppelganger. Foi a mais estranha experiência que eu tive, estar lá falando comigo mesmo. Eu não estava assustado, mas ficaria logo. "Por que você-?"

"Você vai me machucar, você vai me machucar, se você quer sair você vai me machucar"

"Por que você está falando isso? Apenas se acalme, certo? Vamos tentar entender isso e-" E então eu vi. O David sentado lá estava usando as mesmas roupas que eu, exceto por uma pequena mancha vermelha bordada em sua camisa com um número 9"

"Você vai me machucar, você vai me machucar, não, por favor, você vai me machucar..."

Meus olhos não deixaram o pequeno número no seu peito. Eu sabia exatamente o que era. As primeiras portas foram simples, mas depois elas ficaram mais ambíguas. 7 foi arranhada na parede pelas minhas próprias mãos. 8 foi marcada com o sangue dos meus pais. Mas 9 - esse número era uma pessoa, uma pessoa viva. E o pior, era uma pessoa que parecia exatamente comigo.

"David?" Eu tive que perguntar.

"Sim... você vai me machucar, você vai me machucar..." Ele continuo a soluçar e a se balançar. Ele respondeu ao David. Ele era eu, até a voz. Mas aquele 9. Eu andei por alguns minutos enquanto ele chorava em sua cadeira. O quarto não tinha nenhuma porta, e assim como o 6, a porta da qual eu vim tinha sumido. Por alguma razão, eu sabia que arranhar não me levaria a nenhum lugar dessa vez. Estudei as paredes e o chão em volta da cadeira, abaixando a minha cabeça e vendo se tinha algo embaixo dela. Infelizmente, tinha. Embaixo da cadeira tinha uma faca. Junto com ela tinha uma nota onde se lia: Para David - Da Gerência.

A sensação em meu estômago quando eu li a nota foi algo sinistro. Eu queria vomitar, e a última coisa que eu queria fazer era remover a faca debaixo da cadeira. O outro David continuava a soluçar incontrolavelmente. Minha mente girava em volta de questões sem respostas. Quem colocou isso aqui e como sabiam meu nome? Sem mencionar o fato de que eu estava ajoelhado no chão frio e também estava sentado naquela cadeira, soluçando e pedindo para não ser machucado por mim mesmo. Isso tudo era muito para processar. A casa e a gerência estavam brincando comigo esse tempo todo. Meus pensamentos, por alguma razão, foram para Peter, e se ele chegou tão longe ou não. E se ele chegou, se ele conheceu um Peter Terry soluçando nesta cadeira, se balançando para frente e para trás. Eu expulsei esses pensamentos da minha cabeça, eles não importavam. Eu peguei a faca debaixo da cadeira e imediatamente o outro David se calou.

"David," ele disse na minha voz, "o que você pensa que vai fazer?"

Me levantei do chão e apertei a faca na minha mão.

"Eu vou sair daqui."

David continuava sentado na cadeira, mas estava bem calmo agora. Ele olhou pra mim com um sorriso fraco. Eu não sabia se ele iria rir ou me estrangular. Lentamente ele se levantou da cadeira e ficou de frente para mim. Era estranho. Sua altura e até a maneira que ele estava eram iguais a mim. Eu senti o cabo de borracha da faca na minha mão e apertei ela mais forte. Eu não sabia o que planejava fazer com isso, mas sentia que eu ia precisar dela.

"Agora" sua voz era um pouco mais profunda que a minha. "Eu vou te machucar. Eu vou te machucar e eu vou te manter aqui" Eu não respondi. Eu apenas o ataquei e o segurei no chão. Eu tinha montado nele e olhei para baixo, faca apontada e preparada. Ele olhou para mim apavorado. Era como se eu estivesse olhando para um espelho. E então, o zumbido retornou, baixo e distante, mas ainda assim eu o sentia no meu corpo. David olhou mim e eu olhei para mim mesmo. O zumbido foi ficando mais alto, e eu senti algo dentro de mim se romper. Com apenas um movimento, eu enfiei a faca na marca em seu peito e rasguei. A escuridão inundou o quarto, e eu estava caindo.

A escuridão em volta de mim era diferente de tudo que eu já tinha experimentado até aquele ponto. O Quarto 3 era escuro, mas não chegou nem perto dessa que tinha me engolido completamente. Depois de um tempo, eu não tinha nem mais certeza se continuava caindo. Me sentia leve, coberto pela escuridão. E então, uma tristeza profunda veio até mim. Me senti perdido, deprimido, suicida. A visão dos meus pais entrou na minha mente. Eu sabia que não era real, mas eu tinha visto aquilo, e a mente tem dificuldades em diferenciar o que é real e o que não é. A tristeza só aumentava. Eu estava no quarto 9 pelo que parecia dias. O quarto final. E era exatamente o que isso era, o fim. A Casa Sem Fim tinha um final, e eu tinha alcançado isso. Naquele momento, eu desisti. Eu sabia que eu estaria naquele estado pra sempre, acompanhado por nada além da escuridão. Nem o zumbido estava lá para me manter são. Eu tinha perdido todos os sentidos. Não conseguia sentir eu mesmo. Não conseguia ouvir nada, a visão era inútil aqui, e eu procurei por algum gosto na minha boca e não achei nada. Me senti desencarnado e completamente perdido. Eu sabia onde eu estava. Isso era o inferno. O Quarto 9 era o inferno. E então aconteceu. Uma luz. Uma dessas luzes estereotipadas no fim do túnel. Então eu senti o chão vir até mim, eu estava em pé. Depois de um momento ou dois para reunir meus pensamentos e sentidos, eu andei lentamente em direção a essa luz.

Assim que eu me aproximei da luz, ela tomou forma. Era uma luz saindo da fenda de uma porta, dessa vez sem nenhuma marca. Eu lentamente andei através da porta e me encontrei de volta onde eu comecei, no lobby da Casa Sem Fim. Estava exatamente como eu deixei. Continuava vazia, continuava decorada com enfeites infantis de Halloween. Depois de tudo o que aconteceu aquela noite, eu continuava desconfiado de onde eu estava. Depois de alguns momentos de normalidade, eu olhei em volta tentando achar qualquer coisa diferente. Na mesa estava um envelope branco com o meu nome escrito nele. Muito curioso, mas ainda assim cauteloso, juntei coragem para abrir o envelope. Dentro estava uma carta escrita à mão.

David Williams,

Parabéns! Você chegou ao final da Casa Sem Fim! Por favor, aceite esse prêmio como um símbolo da sua grande conquista.

Da sua eterna,
Gerência

Junto com a carta, tinham cinco notas de 100 dólares.

Eu não conseguia parar de rir. Eu ri pelo que pareceram horas. Eu ri enquanto andava até o carro e ri enquanto dirigia pra casa. Eu ri enquanto estacionava o carro na minha garagem, ri enquanto abria a porta da frente da minha casa e ri quando vi um pequeno 10 gravado na madeira.